Com melhores cenas de ação que os seus antecessores, Eclipse conseguiu esconder alguns erros, mas não passou de mais um filme da Saga mediano. Foi o melhor da série, mas isto não é um elogio já que Crepúsculo e Lua Nova foram fracos e não fizeram jus à história original.
Felizmente tive o prazer este ano de assistir o filme num Kinoplex perto de minha casa, onde as centenas de miguxas foram muito comportadas. De qualquer maneira, perdi os cinco minutos iniciais do filme na fila da pipoca. Nada que um download na internet não me esclarecesse.
Apesar das cenas de luta terem ficado melhores que os antecessores, ainda não passa de um filme típico para encantar adolescentes e causar sono no público mais adulto. De qualquer maneira, não irei menosprezar o trabalho de David Slade pois ele foi o melhor diretor até então.
O que posso dizer agora pode gerar polêmica, mas definitivamente a Saga Crepúsculo é exclusivamente para agradar meninas e mulheres. Por mais que o marketing dissesse que David Slade criou um “Eclipse” para agradar os caras, fala sério! Eu senti pena do meu noivo e de todos os outros homens que acompanhavam suas namoradas e esposas. Eles quase entraram em colapso em todas as cenas com os diálogos piegas. Isto no livro soa de um jeito mais íntimo, mas nas telonas fica realmente duro de se ver e ouvir. Definitivamente a Saga não é para homens (os adolescentes eu excluo desta afirmação). Vai assistir o filme com a namorada??? Tenha paciência, você vai precisar!
Cenas quentes
Antes de assistir o filme, li dezenas de comentários na internet, inclusive em sites conceituados, e muitos diziam que o filme estava mais adulto, com cenas quentes. Convenhamos, quente para mim é True Blood. Eclipse não poderia ter cenas realmente quentes, primeiro que no livro não havia, segundo o casal protagonista não tem química suficiente para isso. Kristen é insossa e sempre será, seja com Robert, seja com Taylor ou com qualquer um.
Falando em Kristen, mas quanta falta de talento em uma pessoa só. Essa atriz realmente não tem jeito. Sem expressão, sem emoção, seja nos momentos de ação ou romance. A apatia e a boca aberta dela continuam sempre presentes. Pelo amor de Deus, miguxas, não a defendam. Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso vê que ela é uma péssima atriz.
Fidelidade com a história
Diante dos anteriores, Eclipse conseguiu ser um pouco mais fiel à história original. Muita correria aconteceu, mas tenho consciência que colocar 446 páginas num filme de 135 minutos não é uma tarefa fácil ou possível. Muitas coisas realmente precisaram ser resumidas e outras acrescentadas para que o filme fluísse. Mesmo assim, senti uma certa falha nas explicações. Nem todos que viram o filme, leram o livro. Muitas coisas foram “jogadas” e o público alienado com a história original, ficou sem entender muita coisa. Meus amigos, por exemplo, não conseguiram compreender várias partes da história e eu precisei ficar contando alguns detalhes do livro.
A Breve Segunda Vida de Bree Tanner
Depois de ver Eclipse, achei completamente desnecessário terem lançado o spin-off de Bree antes do lançamento do filme. Teria sido muito melhor eu ter visto Eclipse sem ter uma visão mais aprofundada de Bree, assim eu não ia me importar com o mal andamento da personagem. Bree foi tão pouco (ou até menos) aprofundada no filme, quanto no livro Eclipse. A única parte retirada realmente do spin-off foi a cena da destruição dos carros, mas mesmo assim eu imaginei um pouco diferente.
Senti falta também do massacre que os recém-criados faziam com os humanos em Seattle. Cabeças de cristal quebrando e rolando não tem nada de violento, é apenas fantasioso, e sendo gentil, divertido. Mas confesso que foi uma bela tática para por luta sem sangue e driblar a censura.
Falhas com a personagem Bree (cuidado com os spoilers)
1º. Bree era uma recém-criada esperta. Ela pensava mais que a maioria dos outros vampiros novos e tinha costume de se esconder deles por sobrevivência. No filme ela parecia bem à vontade com os outros recém-criados.
2º. Quando Bree chegou no local da batalha, a maioria dos vampiros do exército já tinham sido eliminados. No filme a personagem chegou com todos os outros recém-criados, apesar de ter ficado escondida.
3º. Há um diálogo interessante quando Carlisle encontra Bree e ela se rende. No filme apenas mostra eles chegando “tranquilamente” perto da recém-criada e logo tem um corte na cena.
4º. No momento em que os Volturi chegam de encontro com os Cullen, Bree encontra-se abaixada e temerosa. Há também uma certa curiosidade de Bella em observar a recém-criada, além de um clima bem sombrio. No filme, Bree fica em pé tranquilamente entre os Cullen, Bella mal a observa e o ambiente não é nada sombrio, pelo contrário.
Não culpo Jodelle Ferland, que é uma ótima atriz mirim. A mesma teve oportunidade de ler o spin-off durante as gravações, mas infelizmente não pôde mostrar muita coisa de sua personagem.
Melhores Cenas
Apesar de não ter sido um filme “sangrento” como prometeram, mas sim “cristalento“, Eclipse proporcionou momentos bastante divertidos, principalmente por partes favoritas minhas do livro. Então elegi algumas cenas que valeram o ingresso:
* Bella discutindo a virgindade com o pai – Indiscutivelmente a cena mais cômica do filme.
* Bella quebrando a mão após o soco no Jacob.
* Os flashbacks de Jasper e Rosalie – Gostei das cenas, mas achei que as histórias foram reduzidas demais, especialmente a de Rosalie. Não explicaram como Carlisle a encontrou e a transformou em vampira.
* O treinamento dos Cullen e os lobos – Adorei a performance de Jackson Rathbone em Eclipse. A cena do treinamento foi tão divertida quanto a do jogo de baseball em Crepúsculo.
* Bella conversando com Jacob em forma de lobo – Exceto pela cara de broa de Kristen, a cena ficou bem “fofinha”, eu diria.
* A famosa cena da barraca – Felizmente foi adaptada de maneira brilhante. Tão interessante e engraçada quanto no livro.
* A batalha contra os recém-criados – Os efeitos especiais ainda não estão 100%, mas melhoraram bastante.
* A luta contra Victoria e Riley – Foi quase de tirar o fôlego e ficou bem próximo do que imaginei durante a leitura. Por comentar sobre isso, tenho que “tirar o chapéu” para Bryce Dallas Howard (substituta de Rachelle Lefevre). A atriz superou as expectativas e conseguiu dar vida à personagem. Apesar de tudo, Victoria em Eclipse se dissimulava muito bem diante de Riley e conseguia ser quase “doce” com sua voz. Bryce conseguiu mostrar ser felina e dissimulada em dose certa.
Considerações finais
Diante de tudo que já comentei, devo dizer que gostei de Eclipse pois me proporcionou duas horas de diversão e nada mais que isso. Ainda não é, e provavelmente nunca será, digno dos livros. Mas espero que Bill Condon mantenha o ritmo de melhorias e faça um bom trabalho com as duas partes de “Amanhecer”.
Fonte: http://www.mixtotal.net
